Alfonso Herrera pertenceu ao grupo de crianças que algum dia
sonhara em se tornar jogadores profissionais de futebol e fazer gols
impressionantes em um estádio lotado. Mas foi um sonho e nada mais: “Todos
queremos jogar futebol e todos queremos ser jogadores. Não há nenhum menino que
não tenha sonhado ser jogador. Eu fui um desses” ele diz que quando “cascarea”,
às vezes joga como meia esquerda.
Desta vez, Herrera é responsável por interpretar Salvador
Espinoza, protagonista da serie El Diez, que recentemente passou a ser exibida
na tv aberta depois de uma temporada bem sucedida na tv por assinatura.
Chava é um jovem jogador nascido em Ocotlán, Jalisco, que
foi para a capital em busca de sucesso. E conseguiu. Após o Mundial Sub-20 que
participa, clubes em todo o mundo lutam para tê-lo em sua folha de pagamento.
A produção é composta por oito episódios. Esta serie
envolveu atores como Joaquín Cosío, Bruno Bichir, Ernesto Loera, Mauricio
Quintana, Martha Higareda e Eréndira Ibarra.
Acompanhado de seu melhor amigo, Jesús “El Cremas” Ramírez
(Ernesto Loera), Chava aceita a oferta do Club Atlético Nacional, um dos
maiores. Javier Ruvalcaba (Joaquín Cosío) não aguenta os problemas que o prodígio
causa. Seus erros no tribunal e no amor o levam a enfrentar sérios problemas em
sua vida pessoal.
Poncho Herrera se diz feliz porque o projeto de El Diez foi realizado.
Depois de quatros anos de luta para conseguir a realização da serie, ele
agradece o fato de passar a ser transmitida pela tv aberta e chegue a mais famílias.
Em suas palavras, “Chava Espinoza é um jogador bastante
inexperiente que chega ao futebol, a este negócio, a primeira divisão, porque
todas as equipes o querem e ele se depara com promotores, diretores,
presidentes e se posiciona em um tribunal que para ele é completamente novo,
que é toda a negociação. Para ele, seu maior forte é a corte real, que é onde
ele pode efetivamente mostrar seus dotes como jogador”.
- O que você aprendeu
interpretando “Chava Espinoza”?
- Eu acredito que o 10, como tal, é uma camisa muito pesada.
Tal são os casos de Maradona, Pelé, que são 10 indiscutíveis; mas ao ser você o
10 no campo, deve ter um caráter muito peculiar tanto dentro como fora. Nós no
México não possuímos um 10 como tal, há pessoas que chegam perto, poderiam se
tornar bons 10; sem dúvida, acredito que ao jogador mexicano lhe falte caráter
para poder chegar a sê-lo, desse tamanho ou dessa magnitude, com esse caráter
tão forte que de repente os define. Há muitos bons jogadores mexicanos, afinal
de contas somos um país futebolístico, eu amo futebol e tenho certeza que as
pessoas no México e em Guadalajara, terra futebolística, vão apreciar muito
esta série.
- O que este
personagem possui para que tenha decidido aceitá-lo?
- O impulso. Chava tem o que poucos jogadores mexicanos têm
e por isso não fica na linha. Chava tem o impulso que leva sua equipe a vitória,
que leva esta série a outro nível. Este personagem é muito gentil, porque te
leva por lugares que até alguém como Alfonso diz “Chava, como foi capaz de se
meter nesta situação?!”; mas é super agradecido porque enriquece as situações,
a história, a trama, a série, e o fato de que isto aconteça nutre o jogo com
todos os companheiros de trabalho.
- Como poderia
descrever o universo do jogador mexicano?
- É um universo bastante confortável o futebol no México
(...), por isso muitos jogadores argentinos, italianos, espanhóis vem se
aposentar aqui. É uma liga que possui certo nível de competitividade, mas os
salários são enormes e as negociações incrivelmente fortes. Há poucos jogadores
que apostam um pouco mais no esforço, ao dar um passo além da zona de conforto.
- Quanto se parece o
mundo do futebol com o da atuação?
- A única coisa em que nos parecemos é que as câmeras podem
te seguir de repente. O mundo do futebol e o mundo da atuação discordam um
pouco. O que esta série faz é tirar um pouco este ponto de interrogação de o
que acontece depois da partida? E isso geralmente os meios de comunicação
gostam muito de cobrir; a parte do espetáculo, mas muitas vezes isso não se
sabe muito bem quando se trata de um jogador.
- Quais suas
expectativas sobre a série?
- A série fez seu trabalho sozinha. Estamos aqui pelos bons
resultados que teve em ESPN nos Estados Unidos e América do Sul; saiu em
América Central pela tv a cabo. Realmente a aceitação que teve foi enorme e por
isso decidiram transmití-la na tv aberta. Agora o que acontece é que a mesma
série faz seu trabalho em rede nacional e tenho certeza que irá muito bem.
- Quais os projetos para
sua carreira?
- Continuarei trabalhando. Para mim é muito importante me
diversificar neste momento e nesta etapa, diversificar o que estou fazendo. Terminamos
esta série há um ano, acabei de terminar uma temporada de teatro, também finalizei
um filme. A televisão me dá muito. Neste meio sei que é muito rigoroso, se faz
um filme, então pensam que quer dedicar toda sua vida ao cinema, e se faz
televisão, pensam que volta por completo a este meio, o importante é trabalhar
sem discriminar formato nem gênero e continuar atuando.
El Diez / Todos los viernes / 22:00 horas / Por: Canal 5
Fonte: Informador
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